segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

SENSORES

.



Pois é. Aqui vai uma grande novidade! Esse ano, se vcs se derem bem com o PD, vamos poder tornar a coisa mais lúdica, usando sensores! Essa é uma pesquisa nova pra mim, mas garanto q vcs vão gostar. E pq seria mais lúdico? Bem... imaginem a nossa sala escura, apenas caixas de som tocando e nós, ouvindo. É mto interessante, eu gosto bastante dessa esperiência de escuta. Mas não seria legal tb se além de escutar, a gente pudesse de alguma forma intervir? Sensores. Sensitividade. O receptor interferindo diretamente na obra. Composição múltipla. O espaço-barreira entre o(s) compositor(es) [q serão vcs!] e os ouvintes se afina (de ficar mais fino e tb afinado).
Nos corredores mais "mudernosos" dos prédios do Rio vcs não acendem a luz com a simples presença? Sensor. No nosso caso, o sensor de presença poderia disparar o "bang!" para, então, se ouvir certo som; pra aumentar o volume dele; pra modificá-lo da forma q vcs (compositores) quiserem e programarem. Via PD. Ou seja, o sensor atua como uma célula nervosa de recepção. Entendendo a metáfora: a "sinapse" [bang!] corre uma "rede neuronal" [cabos] e chega ao "cérebro" [PD], que interpreta a info e dispara uma ação correspondente. Essa é a base lógica por trás do resultado lúdico de se usar sensores em arte sonora. O ser humano copiando (sempre) a Natureza.

Aqui vai um exemplo de arte sonora (no caso, uma instalação sonora) que usa sensores e traz um estrito laço com o cinema. Simples e interessante. E como disse a Luciana na apresentação de hj lá na escola, os projetos podem confluir!

E pra instigar vcs mais um pouquinho, aqui vão duas possibilidades reais de trabalho pra esse ano:

- usar o wii mote (controle do videogame Wii, da Nintendo, nossa figura lá de cima desse post) como sensor para disparar sons. NO caso deste video-exemplo, usa-se ele como um sensor q toca uma bateria virtual. Mas podemos ir BEM além disso, ligando ele ao PD.

- usar uma outra tecnologia q funciona como se fosse um sensor-código-de-barras e se chama Reactivision. Vc mostra um objeto qquer q tenha esse codigo nele a uma webcam, e o PD reconhecerá isso como um "bang!", um sinal pra se disparar qquer ação q se programe no PD. Em Barcelona, na Universidade Pompeu Fabra, usaram essa tecnologia pra construir o Reactable. Aliás, guardadas as devidas proporções, qualquer semelhança entre o Reactable e o SynthPond... (tire suas conclusões. Pra mim, isso se chama inconsciente coletivo. :)



sábado, 7 de fevereiro de 2009

PROGRAMAS - SynthPond (para iPod Touch / iPhone)



O SynthPond foi uma agradável surpresa dentro dos aplicativos disponíveis pro iPod Touch / iPhone. Existe sua versão "lite" (que já é bem divertida e grátis) e a versão normal, que custa, no site da Apple, 2 dólares. Preço simbólico pra diversão que o programa traz. E, neste ano em particular, se encaixa como uma luva no nosso tema central, q é o Espaço, pois diferentemente dos sintetizadores normais que encadeiam notas como uma partitura tradicional, sendo escrita da esquerda pra direita como um caderno, o SynthPond se organiza através de notas que geram pulsos circulares - como uma pedra atirada no espelho d'água de um lago. Dessa forma, compor e olhar pro SynthPond te remete a um esquema de órbitas e planetas musicais. É a nova "música das esferas" !!

A diferença que vi entre o Synth Pond Lite e o normal é que no Lite não há a possibilidade de fazer as notas girarem em órbitas, como vemos aqui. Mas mesmo assim, pode-se, com a versão reduzida, usar inúmeras notas ao mesmo tempo; posicioná-las aonde se queira; mudar a nota em si (de um dó pra um ré por exemplo) de cada figura geométrica que representa e toca uma nota; e alterar a posição de cada uma delas tb, alterando assim o pan (relação de posição da nota nos headphones e caixas: mais pra esquerda, mais pra direita ou centro). Bem intuitivo, é fácil de aprender a mexer e mais fácil ainda de colar no ouvido da gente, como um mantra. Relaxing music. Relaxing sounds. Enjoy it !!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

PROGRAMAS - Pure Data (Free)



O Pure Data (q nós chamamos de PD) é um programa desenvolvido para ser usado, no nosso caso, em reprodução de sons ao vivo e é free. Pra quem brincou de Lego na infância, esse programa pode carregar tal analogia: assim como no brinquedo, em que se montam objetos ligando pecinhas umas nas outras, é assim tb que a estrutura lógica do PD funciona. Criamos caixas (cada qual com um comando específico) e ligamos as caixas, gerando assim um algoritmo, uma "pequena máquina de fazer e modificar sons". A grande diferença desse programa pros programas de edição e mixagem comerciais mais usados é que aqui vc começa com uma "folha em branco": vai escolhendo e ligando as caixinhas, se tornando assim o programador, com mais liberdade. Demanda mais aplicação, mas pode se tornar uma brincadeira divertida e sem fim!

Como exemplo inicial, vai aí um videozinho-tutorial de PD para iniciantes. Nele, vcs podem ver como funciona a montagem de um oscilador simples que gera um som (a chamada síntese sonora, sintetizar sons!). Sem dramas, sem traumas, apenas... ligue as caixas !! :)

Se, ao invés de querer gerar um som, vc quertocar um que esteja já gravado no seu computador, aqui está outro exemplo de como fazê-lo no PD. Vc pode estar se perguntando: "mas essa trabalheira toda só pra tocar um sonzinho?" Ok, é. Mas a graça é que vc pode, ligando as caixas, fazer malabarismos com esse som, transformando-o. Resignificando-o. Aqui, um patch mais complexo que usa um ritmo originalmente igual e repetitivo (é a imagem sonora que vemos no canto superior esquerdo do video) e, com as rotinas criadas no PD, muda-o constantemente, criando uma variação rica de ritmos a partir de um único ritmo (chamado "beat slicer") . Bem ao estilo Squarepusher (um ótimo exemplo de um cara que levou o beat slicer ao extremo, com qualidade e bom gosto).

Nessa página, vcs acham o link pra baixar (Download PD), tutoriais e manuais (Documentation).





PROGRAMAS - Cubase



Um trailer com as possibilidades do Cubase 3 SX.

Vendo o trailer, percebe-se uma coisa que o Cubase tem a mais do que o Pure Data (nosso outro programa): uma interface amigável, mais intuitiva e padronizada. Aqui, vc está olhando diretamente para a imagem sonora que modifica e tem sempre um resultado também visual, qdo transforma alguma coisa. Com suas várias possibilidades de zoom in/out horizontal e vertical, vc ajeita a tela na melhor maneira possível para trabalhar no que se queira.
Este programa será usado pra compor sons, um tipo de amálgama sonoro. Juntá-los, cortá-los, introduzir efeitos, etc. Isso ele faz maravilhosamente bem! A parte fraca do Cubase está na reprodução ao vivo. Ele não foi feito pra isso e quando o usamos pra tal, se mostra "sem jogo de cintura" pra essa função. Pra isso (principalmente quando usarmos sensores), trabalharemos com o PD.
O Cubase servirá para dar o tratamento final aos samples (pedacinhos de som) que usaremos no PD. É um "senhor" programa, caro e eficiente. Aproveitem !!